0

ORIENTAÇÕES PARA AS CASAS ESPÍRITAS DO CONSELHO FEDERATIVO REGIONAL 2 (CR2) REFERENTE AO USO DA ARTE NOS EVENTOS DO MOVIMENTO ESPÍRITA



ORIENTAÇÕES PARA AS CASAS ESPÍRITAS DO CONSELHO FEDERATIVO
REGIONAL 2 (CR2) REFERENTE AO USO DA ARTE NOS EVENTOS DO
MOVIMENTO ESPÍRITA

Creio que seja necessário apontarmos algumas questões sobre as formas de usoda arte na Casa Espírita e no movimento espírita em geral. Temos acompanhado um constante uso inadequado da arte nos eventos espíritas, e isso não exclui os do Conselho Federativo Regional 2 (CR2). Precisamos atentar para a nossa falta de vigilância, mas isso tem acontecido devido as ausências nos Encontros de Arte e Cultura que a Coordenadoria de Arte e Cultura (COAC) tem promovido, talvez pela crença de que para se trabalhar e usar a arte na Doutrina Espírita não precise seguir algumas recomendações da Federação Espírita do Estado da Bahia.
Para as doutrinárias, mediúnicas, ESDE, DIJ, Atendimento Fraterno, e outros
todos nós tentamos seguir da melhor forma possível as orientações do livro intitulado “Orientação ao Centro Espírita”, mas na arte pouco temos visto tal preocupação, tendo em vista que pouco se tem procurado o COAC pedindo esclarecimentos sobre a melhor forma de fazer ou promover momentos de arte ou implantação de seu setor na casa espírita.


RECOMENDAÇÕES BÁSICAS
1. Como garantir o aspecto doutrinário?
 A casa espírita deve oferecer aos participantes o diferencial para a vida que o
Espiritismo oferece à sociedade;
 A vinculação do produto artístico com o conteúdo doutrinário deve ser buscada sempre, sem necessariamente consistir prejuízo aos aspectos artísticos.

2. Como garantir a função doutrinária da arte?
 Inserir os integrantes nos assuntos doutrinários do Espiritismo, num ambiente de debate e reflexão e estudo continuado (“são ações que colaboram no fortalecimento do compromisso doutrinário do grupo de artes).
3. Lógica do setor da arte na casa espírita:
 Não só a palestra educa, como também uma peça teatral ou uma apresentação musical esclarece com tamanho valor, e consegue atingir todos os níveis de formação educacional presentes na plateia, provocando uma reflexão pela conexão do que é visto com a realidade ;
 A experiência do uso da arte nas palestras tem sido algo muito comum, mas
não é ainda o suficiente, é preciso que ela seja explorada em todas as suas
potencialidades possíveis.

4. O que pode ser feito:
 Palestras Ilustradas: uso de arte nos intervalos;
 Apresentações de espetáculos substituindo palestras inteiras;
 Iniciar as doutrinárias para aplicação de 15 minutos de apresentação
(anteriormente).

Cuidado: Fuja da tentação de colocar 10 minutos de arte para dar tempo para que os atrasados cheguem. A arte não pode ser usada como forma de cobrir as
irresponsabilidades dos outros.

Precisamos lembrar que na “arte tudo é permitido, mas nem tudo nos convêm”,
isso devido à necessidade de estarmos primando pela nossa identidade espírita.
Pensando no nosso histórico, desde quando o Espiritismo fora introduzido no Brasil ele passou por profundas transformações para que fosse bem aceito por um contexto fortemente marcado pelo catolicismo, isso no século XIX.
Para completar, sofremos perseguições por parte do governo no século XIX e XX, inclusive no governo Vargas, porque existia no período oitocentista um código penal que considerava as práticas espíritas e do candomblecismo puro misticismo, curandeirismo, em outras palavras “bruxaria”. Mas, por detrás de tudo isto no oitocentista, existia uma forte personagem: a Igreja Católica, que era religião oficial do governo brasileiro. Nossos problemas identitários não param por aí, devido a forte identificação dos espíritas com o catolicismo e segundo estatísticas de anos anteriores muitos espíritas ainda se diziam católicos, são aqueles que carinhosamente chamamos de “espiritólicos”.
Então, meus caros irmãos são por estas e outras que não podemos admitir que
na “casa espírita” e consequentemente no “movimento espírita” aconteçam
manifestações artísticas que fogem da proposta espírita, vislumbrada em sua
codificação “kardequiana”.

0 comentários:

Postar um comentário

Back to Top