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"O Filho de Feira de Santana"‏


O filho de Feira de Santana



Feira de Santana, na Bahia, lhe foi o berço na presente reencarnação. Décimo terceiro filho de dona Ana e do comerciante Francisco, Divaldo logo romperia as fronteiras do seu torrão natal, conquistando o mundo.

Por diversas vezes esteve na ONU, sendo a mais recente em março do ano em curso. O Embaixador da Paz no Mundo étítulo que lhe foi outorgado, junto com Nilson de Souza Pereira, em Genebra, na Suíça, em 30 de dezembro de 2005, pela Ambassade Universalle Pour la Paix.

O jovem, cujo diploma formal é o de professor primário, aborda os mais intrincados temas e responde a questões de variadas ordens, sobre os assuntos mais diversos, onde esteja e com quem esteja.

Homem do mundo, médium, servidor de Jesus. Difícil é escrever uma biografia que lhe faça jus à trajetória de bênçãos que semeou ao longo dos seus oitenta e cinco anos, pois o risco que se corre é de se estar defasado nas informações. Isso porque o baiano é mais rápido nas suas ações do que aqueles que o tentamos biografar e homenagear.

Adentra as universidades com a mesma simplicidade com que visita os núcleos espíritas mais modestos, em algum lugar do mundo. Fala aos intelectuais, responde a perguntas intrincadas e consola um coração de mãe que viu partir o filho querido, rumo ao Grande Além.

Enquanto escrevemos, ele já se encontra em preparo de mais dois ou três livros mediúnicos, ou talvez respondendo aos tantos e-mails que lhe chegam de todas as partes, ou a uma missiva mais particular, em oferta de consolo ou esclarecimento.

Quiçá, ajustando a agenda e ver se consegue mais um dia para atender a um novo compromisso, tantos são os convites que lhe são dirigidos, do Brasil e do Exterior.

Quantas Casas Espíritas lhe devem a fundação? Quantas lhe devem a sustentação, ano após ano, de forma direta ou indireta? Isto é, seja com sua presença física, orientadora, seja através de suas obras, dos seus seminários.

Quantas pessoas já tiveram suas lágrimas enxutas por esse missionário do amor que menos se permite repousar quanto mais lhe somam os anos.

Ergueu em Salvador um ninho de amor, a Mansão do Caminho, que completou sessenta anos e o Centro Espírita Caminho da Redenção (sessenta e cinco anos).

A Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e cinquenta e duas edificações, que atende a três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, na Rua Jaime Vieira Lima, n° 1, Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. O complexo atende a atividades socioeducacionais como: enxovais, Pré-Natal, Creche, escolas de Ensino Fundamental e Médio, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas.

Mais de trinta e cinco mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho.

Mais recentemente, em 2011, fundou a Casa de Parto Marieta de Souza Pereira que, unindo-se às demais atividades da Mansão, permitirá cuidar da criança desde o nascimento até a conclusão de sua escolaridade básica.

Sua oratória já se fez presente em mais de duas mil cidades em nosso país, em sessenta e cinco países dos cinco continentes, ultrapassando a marca de treze mil conferências realizadas.

Em muitas estâncias, a sua foi a primeira palavra em termos espíritas, como na Irlanda, Áustria, Turquia, Nova Zelândia, Japão, Rússia.

Com mais de oito milhões de exemplares, sua produção mediúnica de duzentos e cinquenta livros, ofereceu a oportunidade de se ter escritos de duzentos e onze autores espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Dessas obras, houve versões para dezessete idiomas (alemão, albanês, catalão, dinamarquês, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille). E o resultado de toda a sua produção destina-se integralmente à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas.

Idealista e preocupado com seus irmãos, Divaldo idealizou em 1998, o Movimento Você e a Paz, para conclamar as pessoas a reflexionarem sobre a paz pessoal, a paz no lar, no trabalho, no grupo social, na comunidade, sobre a paz que tomará conta da Terra.

Iniciando em Salvador, o Movimento se alastrou por várias cidades do Brasil e pelo Exterior, como na Espanha, Portugal, França, Suécia.

Por tudo isso é que lhe tributam homenagens: comendas, placas de prata, douradas e de bronze, medalhas, troféus, moções de congratulações, diplomas e certificados, títulos honoríficos significativos.

Em junho de 2008, em Paigton, no Sudoeste da Inglaterra, recebeu do monge tibetano Kelsang Pawo, da Fundação Kelsang Pawo, que se dedica a proteção de crianças em perigo em todo o mundo, o título de Embaixador da Bondade no mundo.

O mais recente o recebeu, em Curitiba, no dia 28 de junho, no Teatro Positivo, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná: Cidadão Honorário do Paraná, ele que já era Cidadão Honorário de Curitiba, desde 1988.

Pois esse homem, desde o ano de 1954, vem ao Paraná, todos os anos e mais de uma vez a cada ano. Um trabalho de perseverante semeadura. Desde o dia em que desceu do avião, no Aeroporto Afonso Pena, recepcionado pelo então Presidente João Ghignone, acolitado espiritualmente por Lins de Vasconcellos, encantou-se pela terra das araucárias.

Fez de Ponta Grossa seu segundo lar e retorna todo ano para rever as copas verdes dos pinheiros, para abraçar os amigos, conquistar corações e espalhar sementes doutrinárias.

Como o Escultor Divino, ao longo dos anos, esculpiu as caprichosas formações rochosas de Vila Velha, assim Divaldo vem, a cada ano, trabalhando na escultura do Movimento Espírita do Paraná.

Quantas orientações em palestras, conferências, seminários. Quando, em 1992, foi idealizado o I Simpósio Paranaense de Espiritismo, depois a I Conferência Estadual Espírita, ele se fez presente e jamais, em sua agenda, desde então, deixou de constar o importante evento anual.

Esteve em Confraternizações de Mocidades e de Juventudes Espíritas, aos moços oferecendo o entusiasmo de quem permanece jovem no dinamismo, dando lições de bom ânimo e de incansável labor.

Já de outras vezes, a Federação Espírita do Paraná manifestou publicamente a sua gratidão a Divaldo Pereira Franco. Agora, ao ensejo dos cento e dez anos de sua fundação, realizando o balanço das suas realizações, vem a público, outra vez, para dizer do quanto deve a esse amigo, médium e servidor do Cristo.

Por mais lhe agradeça, por mais rogue ao Senhor da Vida por multiplicadas bênçãos a Divaldo, tem certeza que a dívida de gratidão é impagável.

Mas deseja dizer uma vez mais o quanto representa, no Movimento Espírita do Paraná, a ação continuada, perseverante, incansável de Divaldo Pereira Franco.


Maria Helena Marcon.

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